Peniscopia

O HPV, Human Papiloma Virus, é um vírus que pode infectar a pele e/ou as mucosas genitais tais como vulva, vagina, colo de útero, e pênis.

Nos genitais existem duas formas de manifestação clínica.

As verrugas genitais que aparecem na vagina, pênis e anus.

Existe uma outra forma, que é microscópica que aparece no pênis, vagina e colo de útero (lesões subclínicas). Na mulher o Papiloma Virus ou Human Papiloma Virus pode se alojar tanto no colo do útero como na vagina e na vulva. Na vulva ele causa a doença chamada condiloma genital ou popularmente conhecida no Brasil como "crista de galo". Na vagina e no colo do útero ele normalmente se apresenta com lesões microscópicas que só podem ser descobertas através do exame de papanicolau ou a colposcopia. No entanto, o diagnóstico de certeza é feito através de biópsia da área suspeita. Existem também exames que identificam o tipo do vírus e se os mesmos são cancerígenos. O mais importante nesta doença é que existe uma associação entre alguns grupos de papiloma vírus e o câncer de colo de útero. O tratamento do HPV é por destruição química ou física das lesões sempre indicado e realizado por médico especialista. É muito importante que o parceiro seja encaminhado para exame com um urologista para procura de lesões e tratamento se forem encontradas.

O HPV no Homem pode ser difícil de ser diagnosticado. No entanto isto não significa que o homem não seja o transmissor. No homem ele pode se manifestar por verrugas no pênis ou de maneira microscópica, também chamada de lesões subclínicas. As lesões subclínicas são bem mais freqüentes do que as clínicas e podem ser visualizadas na peniscopia após a aplicação de solução de ácido acético a 5% nas áreas suspeitas.

Estudos recentes mostram que o HPV é mesmo um vírus de transmissão sexual direta, ou seja, através de contato sexual direto. Outras formas de contágio não tem comprovação na literatura.

Como a maioria dos parceiros não apresenta diagnóstico confirmado do vírus surge a dúvida sobre sua origem, ou seja, quem é o responsável pela transmissão. Estudos científicos examinando parceiros de mulheres contaminadas não conseguem identificar os vírus nestes parceiros. Isto se explica pela possibilidade do HPV ser curado de forma espontânea, em alguns casos, e não permanecer no homem mesmo tendo sido ele o causador da transmissão. Portanto a recomendação é que parceiros de mulheres contaminadas sejam encaminhados ao urologista não para saber a origem da doença, que dificilmente será provada, mas para verificar se este parceiro tem lesão que necessitem de tratamento, já que lesões por HPV no homem podem ser responsáveis pela recidiva ou persistência das infecções nas parceiras.